ELIMINAR CONDENSAÇÕES

O fenómeno da condensação do vapor de água numa parede de betão e a sua eliminação.

Para explicar o fenómeno da condensação do vapor de água nas envolventes de edifícios é necessário identificar 3 parâmetros:

1º - a temperatura em ambas as faces da envolvente;
2º - a humidade relativa ambiental em ambas as faces da envolvente;
3º - a permeabilidade da envolvente ao vapor de água.

Para medir as temperaturas ao longo da espessura da envolvente deve registar-se a temperatura do ambiente exterior, a temperatura ambiental interior e o coeficiente de transmissão térmica da envolvente. A partir destes dados é possível a elaboração do modelo estático do gradiente de temperatura no interior da parede envolvente e as temperaturas em ambas as suas superfícies.

A respectiva pressão de vapor será elaborada a partir das temperaturas no exterior e no interior e da correspondente humidade relativa. São estas que determinam a direcção do fluxo de vapor, quantificado em dependência da permeabilidade ao vapor da envolvente (modelo estático).
A cada temperatura corresponde uma pressão máxima de vapor, atingida quando o ar fica saturado de vapor, ou seja, quando alcança os 100% de humidade relativa. Quando se verifica este fenómeno, o vapor condensa e deposita-se sob a forma de água.

1º Gráfico

A) PAREDE DE BETÃO (empena em "Sistema Túnel")

Uma empena em "Sistema Túnel" consiste numa envolvente em betão na espessura de 15 cm. É do conhecimento geral que o betão é um bom condutor de energia térmica. A resistência térmica de uma envolvente em betão com 15 cm é de R= 0,25 m2 K/W.
Tendo em conta um ambiente interior com 18º C e 70% de HR e um ambiente exterior com 5º C e 85% de HR (situação corrente no Inverno), verificam-se os seguintes gradientes térmicos e de pressão de vapor:


Exemplo I

Verificamos que a pressão do vapor de água no interior é superior à do exterior, pelo que o vapor tende a atravessar a envolvente em direcção ao exterior.
Por falta de isolamento, a temperatura na superfície interna da envolvente é tão baixa que o vapor presente no interior satura o ambiente junto dessa superfície, verificando-se, por consequência, a condensação do vapor sobre a mesma envolvente.
No estado líquido do vapor (água), a respectiva difusão processa-se com mais dificuldade, acumula-se na superfície interior e ensopa o respectivo revestimento, provocando bolor, descolagem de tintas, etc. - efeitos que todos conhecem em demasia.

B) Agravamento da situação através da impermeabilização pelo exterior.

Quando uma tela ou tinta impermeabilizante é aplicada pelo exterior interrompe o fluxo de vapor do interior para o exterior, sem alterar o valor do coeficiente de transmissão térmica.Perante temperaturas iguais, a consequência é a seguinte:


Exemplo II

Verificamos que se produz uma acumulação de água no interior da parede. Como a sua saída para o exterior é impedida por uma camada impermeabilizante, a água não encontra outra via senão a de retornar para o interior, conforme se verifica quando a pressão de vapor na envolvente é superior à do ambiente interior, situação que, em vez de ser corrigida, se agrava na Primavera quando a envolvente aquece.

C) A solução correcta:- isolar termicamente pelo exterior.

O Sistema DRYVIT® , isolamento térmico pelo exterior, consiste
* - numa camada de Esferovite M1 (na espessura necessária a calcular para obter a Resistência Térmica procurada, medida em m2 K/W);
* - numa dupla camada de massas plásticas delgadas (Primário DRYVIT® )
* - armada com Tela Tecida de Vidro (150 g/m2) c/ tratamento anti- alcalino e
* - num duplo Revestimento hidrófugo e à prova de fissuração (Revestimento DRYVIT® em branco ou pigmentado, várias texturas).

Isolar termicamente pelo exterior com 40 mm de Esferovite M1 na densidade aparente de 15 kg/ m3(EPS 60):
faz subir a Resistência térmica para R = 1,10 + 0,25 = 1,35 m2 K/W sem interromper o fluxo de vapor.

Isolar termicamente pelo exterior com 60 mm de Esferovite M1 na densidade aparente de 15 kg/ m3(EPS 60):
faz subir a Resistência térmica para R = 1,70 + 0,25 = 1,95 m2 K/W sem interromper o fluxo de vapor.


Quando os valores de ambiente se mantêm inalterados, verifica-se o seguinte:

Exemplo III

- A temperatura da superfície interior da envolvente sobe significativamente, impedindo que a pressão de vapor dentro da parede atinja o seu valor máximo, pelo que não se verifica uma condensação do vapor de água.
- A constante vapo-transpiração para o exterior mantém a parede seca, não permitindo que se desenvolvam situações prejudiciais (como fungos).

CONCLUSÃO:

Como foi demonstrado, o fenómeno da condensação no interior de um edifício tem origem térmica e não é resolvido pela impermeabilização.

Quando o isolamento térmico é aplicado pelo exterior, além de eliminar a condensação, são obtidas ainda outras vantagens:

* no Inverno, uma subida de temperatura na superfície interna da envolvente;
* no Verão, uma baixa de temperatura da superfície interna da envolvente;
* um aumento de conforto térmico;
* uma redução do fluxo térmico, com a correspondente poupança de energia;
* um revestimento hidrófugo bastante durável que impede a fissuração das superfícies exteriores,
* uma diminuição dos movimento térmicos de edifícios envolvidos por um isolamento contínuo.



PROTEGER A ESTRUTURA EDIFICADA DAS FLUTUAÇÕES DE TEMPERATURA


O isolamento contínuo pelo exterior através do Sistema DRYVIT® protege o edifício na sua globalidade porque reduz a um mínimo quaisquer variações de temperatura sobre a estrutura. Consequentemente:

- evita fissuras, devido à menor flutuação térmica da estrutura. Obsta a que os diversos materiais atinjam temperaturas extremas;
- evita tensões excessivas graças à demora da dilatação ou retracção dos componentes;
- evita a fissuração de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica;
- eis os motivos pelos quais o Sistema DRYVIT® garante a longevidade do edifício, além da importante redução de custos na sua manutenção.

Entre os materiais descobertos na segunda metade do século XX, o Esferovite, espuma rígida de poliestireno expandido, instalou-se no sector do isolamento térmico da Construção Civil (bem como no da respectiva decoração, em cenários teatrais, cinematográficos e televisivos).
Comprovaram os Laboratórios oficiais, tanto nacionais como internacionais, que o Esferovite possui uma durabilidade superior a 50 anos (entretanto com a opção não inflamável). A análise ao seu Ciclo de Vida integral prova que não contém tóxicos, nem contribui para o CO2; é permanentemente reciclável; não é solúvel em água, nem liberta substâncias para o ambiente; não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de bichos ou de micro-organismos, não emite substâncias contaminadoras nem para a atmosfera, nem para a água, nem para o solo.
Isolar termicamente com Esferovite M1, tanto em edifícios novos como antigos, aplicado pelo exterior ou mesmo em caixa-de-ar, representa a melhor solução tendo em conta a relação custo/benefício.



VALORES DE CÁLCULO PARA MATERIAIS
MateriasMassa volúmica Kg/m3Coeficiente Condutibil.Térmica W/mºC
Betão2.4001,75
Gesso1.0000,35
Reboco de cimento1.9001,15
Tijolo perfurado1.2000,4
Tijolo cheio1.8001,15
Pinho5000,15
Vidro2.7001,15
Aço7.80052
Alumínio2.700230
Materiais de Isolamento 
Fibras de vidro/ minerais30-2000,41
Madeira aglomerada350-4000,1
ESFEROVITE (poliestireno expandido)16-180,036
Poliuretano30-800,030-0,042
Polietileno30-500,05
PVC50-1000,04
Aglomerado negro de Cortiça1200,045


CONDENSAÇÃO DE VAPOR DE ÁGUA
A temperatura determina a s/ capacidade de absorção De vapor de água. P. ex. 20 º C absorvem 17,3 g/m3 de água 0 º C absorvem 4,8 g/m3 de água
Numa sala com 20 º C positivos e humidade relativa de 50%: o conteúdo máximo de humidade é 8 g/m3
ExemploGrausHumidade Relativa g/m3água
temperatura120 º C100%17,29
temperatura216 º C100%13,90
temperatura310 º C100%9,40
temperatura44 º C100%6,36
temperatura50 º C100%4,84
Ar ambiente20º C50%8,65


PROPRIEDADES DO ESFEROVITE (EPS)
com densidade superior a 15 kg/m3 (EPS 60)
massa volúmica15, 16, 18, 20, 25 kg/m3
Coef. de Condutibilidade térmica0,035 Kcal/m hº (0,040 W/mºC)
Coef. de condutibilidade do vapor20-60 µ
Absorção de água em 7 dias0,4-2% do volume
Resistência a temperaturas elevadas  
a curto prazo100 º C
a longo prazo85 º C
resistência mecânica  
compressão aparente a 10%0,7 - 1,1 kg/cm2
Inflamabilidade 
tipo normalinflamável
tipo M1 não inflamável
Classe M1, segundo E 365.1990 LNEC não inflamávelauto-extinguível



DADOS TÉCNICOS ESPECÍFICOS DO ESFEROVITE
Propriedades do Esferovite superior a 15 kg/m3
Massa volúmica15 - 18 kg/m3 
Coeficiente de condutibilidade térmicaDIN 41080,034 W/mº C
Permeabilidade ao vaporDIN 526154,4 - 7,4 ng/Pa.m.s.
Absorção de água 7 dias (imersão)DIN 534280,4 - 2% do volume
Resistência a temp. elevadas em º CDIN 55424 
curto prazo 100 º C
longo prazo 85 º C
Resistência mecânica (kPa)  
Compressão aparente a 10% 78 kPa
InflamabilidadeDIN 4102 
tipo esferovite normal inflamável
tipo esferovite M1 (B1) não inflamável segundo E 365-1990 LNEC dificilmente inflamável


CARACTERÍSTICAS DE MATERIAIS ISOLANTES
 Lã de Vidro EPSXPSPoliuretano
Densidade kg/m311/1510/2025/3525/50
Condutibilidade Térmica mW/(mK) aos 20 º C48/4447/3336/2827 (exper.)
Compressão kPa 40/90150/300150
Absorção de água % em volumeSim01/30,1/0,52
Resistência à Difusãoaprox. 120/7080/20030/100
ManipulaçãoPrudência !inócuainócuaprudência !
Reacção ao fogoM0/ M4M1/M4M1M1/M2/M3