CONTRA AS CONSEQUÊNCIAS DE ENVOLVENTES FRIAS, QUENTES, HÚMIDAS: ISOLAR TERMICAMENTE

Baixo investimento para resultados permanentes.


Por falta de orientação atempada de quem projecta e constrói, a ausência de condições de conforto básico para o futuro morador levam-no a importantes consumos de energia para depois corrigir ou atenuar, a qualquer custo, os excessos de frio ou de calor e a condensação que sofre dentro de casa. Se adquirir maquinaria energívora, por muito que seja promovida, tão-pouco será esta que resolve o seu problema de fundo. No momento em que desligar os aparelhos, as temperaturas extremas voltam rapidamente a instalar-se, mesmo que não tenha feito repetidas mudanças de ar, conforme necessário, pelo que, na maior parte das vezes, os elevados gastos mensais se revelam insuficientes para a sua saúde e conforto.

Menos dispendioso se torna isolar termicamente os espaços (idealmente pelo exterior, também na reabilitação) para beneficiar dentro de casa e no ambiente de trabalho de um clima temperado e saudável. Pela capacidade das espumas rígidas em poliestireno expandido (o Esferovite, evidentemente não inflamável e na correcta densidade) em deixarem passar lentamente apenas uma parcela do "frio" que incide sobre a face exterior do edifício, estas permitem armazenar o clima por si temperado, que só eventualmente necessita ser complementado com aquecimento artificial temporário. O excesso de calor sobre a envolvente externa também chega atenuado ao interior de um ambiente isolado termicamente pelo que, normalmente, bastará forçar a ventilação natural sem necessidade de arrefecer o ar.

Os custos sociais dos núcleos familiares que vivem em habitações sem protecção térmica e sem condições de higiene, devido às consequências das condensações, conseguem contabilizar-se apenas empiricamente:
- Utilizam mais consultas e tratamentos médicos,
- consomem mais medicamentos,
- sofrem um maior número de efeitos secundários:
- dão mais faltas no emprego e na escola,
- diminuem a sua contribuição activa,
- são os primeiros a cair no desemprego -
- porém concorrem para o crescimento dos custos energéticos, com reflexos ambientais e nacionais:

Impermeabilizar a envolvente pelo exterior, agrava a situação.

Para remediar, mais uma vez por falta de orientação correcta, quem decide aplicar uma tela ou tinta impermeabilizante pelo exterior, interrompe o necessário fluxo de vapor de água desde interior para o exterior, o que não altera o valor do coeficiente de transmissão térmica. A cada temperatura corresponde uma pressão máxima de vapor, atingida quando o ar fica saturado de vapor, ou seja, quando chega aos 100% de humidade relativa. Ao verificar-se este fenómeno, o vapor condensa e deposita-se sob a forma de água.
Na estação fria as consequências da impermeabilização da parede são as seguintes: Na falta de isolamento térmico as paredes arrefecem rapidamente provocando a saturação do vapor e uma acumulação de água (proveniente da expiração e transpiração, das cozinhas e águas quentes dos moradores) no interior da envolvente. Porque a impermeabilização da camada externa impede a sua saída, o vapor condensado não encontra outra solução, senão a de voltar para a face interna que irá ensopar, causando bolor, descolamento de tintas, de papeis de parede, etc., situação que se verifica quando a pressão de vapor na envolvente é superior à do clima no interior. Na estação quente, quando a envolvente aquece, em vez de ser naturalmente corrigida, esta situação ainda se agrava pelas mesmas razões, enquanto permanecer o impedimento da saída da água por evaporação. Não se estabelece o equilíbrio natural.

Na situação de isolamento térmico descontínuo, que se manifesta através de pontes térmicas, as patologias identificadas no caso das impermeabilizações também se verificam, ainda que pontualmente.


Isolar termicamente em contínuo pelo exterior: a solução correcta.

Colocado o isolamento térmico pelo exterior, sob valores ambientais externos idênticos aos atrás referidos, tem lugar o seguinte processo:
A temperatura na face interior da envolvente sobe significativamente, impedindo que a pressão de vapor na parede atinja o seu nível máximo, pelo que não se verifica a condensação do vapor em água. A sua permeabilidade ao vapor (vapo-transpiração) mantém a parede seca e não permite que se desenvolvam situações prejudiciais (como fungos).


Patenteado na Alemanha em 1960 e homologado à escala global desde então, o Sistema DRYVIT , isolamento térmico contínuo pelo exterior, consiste
* - numa camada de Esferovite M1 a calcular na espessura correcta para a Resistência Térmica procurada (medida em m2 K/W),
*- no seu duplo cobrimento com massas plásticas delgadas (dupla camada de Primário DRYVIT )
* - na sua armação com Tela Tecida de Vidro e Cantoneiras com Tela acoplada
* - num duplo revestimento hidrófugo à prova de fissurações (duas camadas de Revestimento DRYVIT , em várias texturas, branco ou na cor desejada).

Exemplos:

Isolar termicamente pelo exterior com 30 mm de Esferovite M1, na densidade aparente de 15 kg/m3(EPS 60): faz subir a Resistência térmica para R = 0,85 + 0,25 = 1,10 m2 K/W sem interromper o fluxo de vapor.

Isolar termicamente pelo exterior com 40 mm de Esferovite M1 na densidade aparente de 15 kg/ m2 (EPS 60): faz subir a Resistência térmica para R = 1,10 + 0,25 = 1,35 m2 K/W sem interromper o fluxo de vapor. (= mínimo admitido pelo RCCTE de 1990)

Isolar termicamente pelo exterior com 60 mm de Esferovite M1 na densidade aparente de 15 kg/ m2 (EPS 60): faz subir a Resistência térmica para R = 1,68 + 0,25 = 1,93 m2 K/W sem interromper o fluxo de vapor. (melhor custo-benefício e solução exemplar para o iminente Certificado Energético de Edifícios).

Para resumir:
O fenómeno da condensação no interior tem origem térmica e não é resolvido pela impermeabilização da envolvente. Aplicando em contínuo um isolamento térmico idóneo pelo exterior, eliminamos as condensações e obtemos vantagens complementares:
* no Inverno, sobe a temperatura da face interna da envolvente;
* no Verão, baixa a temperatura da face interna da envolvente;
* aumenta o conforto térmico;
* diminui o fluxo térmico, com uma poupança proporcional de energia;
* reduz os movimentos térmicos do edifício,
* acaba com a fissuração da superfície (devido ao revestimento exterior hidrófugo e muito durável).